Coluna Aparte – Belchior para Bolsonaro

No centro da sala, diante da mesa

No fundo do prato, comida e tristeza

A gente se olha, se toca se cala

E se desentende no instante em que se fala

Medo, medo, medo, medo, medo, medo

Nunca, o genial Belchior imaginaria que o Brasil poderia padecer com um presidente da qualidade humanitária de Jair Bolsonaro.

Homem eleito sem deixar de mostrar sua brutalidade nas relações com a população, mas mesmo assim, venceu levado pela rejeição dos eleitores pela corrupção deslavada do Partido dos Trabalhadores em sociedade com os partidos que compõem o famigerado “Centrão”, os mesmos que estão vestindo a farda bolsonarista.

Antônio Carlos Belchior, apenas um rapaz latino americano do Ceará, nos deixou com belas canções, talvez sem ilusões de que político sofre com a fome alheia. Passam as décadas, iludidos letristas cantam a esperança de um dia de respeito, mas com estas figuras eleitas fica impossível de acontecer um país justo, com direitos por igual.

Chefe do executivo desafia o judiciário e legislativo, recebe dura resposta, sobrando bufar de ódio. Quanto ao povo, bem, parece que devem aguentar enquanto não houver bastantes votos para um bota-fora constitucional ou eleitoral.

Questão de tempo!

  • Coluna Aparte publicada nas segundas-feiras, na página Política, no jornal O Imparcial.
  • Charge do Nuna.

 

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