Estranho país que necessita de vontades políticas para solucionar os assassinatos.
As mortes de Marielle Franco (PSOL) e Anderson Gomes desenham perfeitamente o comportamento do tradicional poder de estado misturado ao crime organizado. Intragável aceitar que membros da polícia podavam as investigações em conluio com os gabinetes dos poderosos cariocas.
Pior saber da determinação do governo Lula (PT) em solucionar o caso tão somente pela pressão de segmentos da sociedade civil organizada, imprensa e estrategistas partidários com foco diário em envolver o Bolsonaro (PL) e seus comparsas no núcleo determinante para a extinção das figuras que, incansavelmente, denunciam as armações.
Indiscutível o mérito do ex-ministro da Justiça, Flávio Dino (STF), quando entendeu a dimensão do retorno público com a elucidação da morte da vereadora e militante dos direitos humanos. Sabe, como habilidoso gestor e sempre pré-candidato ao Palácio do Planalto, que enquanto a Polícia Federal estiver puxando o fio da meada seu nome será o mais evidente na imprensa e no coletivo da população do Brasil.
Seria um alento para a família da Marielle a solução definitiva do cruel ato. Todos sabem que muitos precisam alimentar a história como outdoor eleitoral. Da noite para o dia a polícia encontrou mais seis assassinatos com possível relação na armação do deputado federal, do conselheiro, do delegado e os milicianos especializados em crimes de encomenda e fundiários em áreas públicas. Interminável!
Os espíritos desta moça e do rapaz precisam descansar!
- Charge do genial Nuna.