Quando moleque escutava as conversas nas rodas dos mais velhos de como o Sarney estava destruindo, com o apoio integral dos militares, o poder do coronel Vitorino Freire, até então dono absoluto da política no Maranhão.
Passando o tempo, o novo mandatário foi destruindo as velhas estruturas políticas nos municípios, quando não aderiam ao governador e senador José Sarney (ARENA).
Sempre fervoroso e praticante católico, Sarney sabia provocar o temor com histórias de misticismos espalhadas na boca torta da fofoca popular, na crendice afirmavam que ele ajoelhava na igreja pedindo perdão aos pecados ao mesmo tempo que os tambores dos terreiros afastavam seus inimigos, abrindo caminhos a sua sedenta gula de domínio.
Sempre cercados por pais de santos como Moacir Neves, que o teria salvo do acidente de avião em Paris na década de 70, somado com o, agora, ícone Bita do Barão. Ambos nomeados comendadores pelo presidente Sarney (PMDB) para a chacota popular.
Todos estão ficando somente como história, nada que não fique na mente dos mais velhos e nos livros dos causos maranhenses.
Sarney (MDB) está sendo substituído pelo Flávio Dino (PCdoB), comunista na linha partidária e católico por convicção, sem criar fenômenos de domínio por meio da fé.
- Coluna Aparte publicada nas segundas-feiras, na página Política, no jornal O Imparcial.
- Charge do Nuna.