Coluna Aparte – Teje preso

Desde quando foi que os políticos ganharam a autoridade de “Seu polícia” nas urnas?

Lamentável assistir uma figura pública que sempre garganteou sua origem miserável como forma de comover os fáceis eleitores, alguns deles levados pelos ensinamentos do professor que conseguiu um lugar no mundo mostrando que aprendeu as letras, mas esqueceu o básico da vida no respeito ao próximo.

Deplorável saber que o poder subiu à cabeça do deputado estadual Welington do Curso (PSDB) na abordagem ao imigrante, negro, pobre e cubano para tentar raspar uma casquinha na opinião pública como pré-candidato à prefeitura da capital do Maranhão.

Possível que o menino Welington teve os mesmos sonhos do médico que foi humilhado pelo simples fato estar numa barraca sanitária atendendo as vítimas do vírus que tem obrigado o mundo a repensar a convivência humana.

Pouco interessa a questão legal do “Doutor Cubano”, importante está no que este profissional da medicina pode ajudar neste momento de fragilidade da nossa população.

Caso o parlamentar realmente estivesse pensando exercer o papel de fiscal do povo que fosse cobrar o secretário de Saúde ou o governador, jamais expor ao vexame uma pessoa que pode nos salvar.

Errou muito feio, ultrapassou a barreira do ridículo na fome eleitoral. Talvez seja tarde demais para a compreensão da dimensão do papel que poderia exercer no papel de representante popular.

Nem vale as palavras, muito menos o puxão de orelha que a generosa mãe esqueceu de dar.

  • Coluna Aparte publicada nas segundas-feiras, na página Política, no jornal O Imparcial.
  • Charge do Nuna.

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