Coluna Aparte – Próxima vítima

Demora muito pouco para a ciumenta milícia digital do presidente Jair Bolsonaro começar a dizimar o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), depois de tornar-se o queridinho dos brasileiros com o enfrentamento da pandemia que tomou de assalto o país.

Continua estabelecido que ninguém no governo federal deve ousar ser mais evidente em público do que o mito da radical de direita.

Médico, tenente do exército e deputado federal de baixo clero, encontrou no papel de ministro a chance de construir seu nome político focando nas próximas eleições para governador de Mato Grosso do Sul quando surge o Corona colocando seu nome no outdoor nacional.

Sofre o risco de sentir o peso da maldade dos membros da seita ou pegar o vírus do teimoso chefe.

Dificilmente vai sair ileso da crise de saúde no Brasil, logo devem lembrar as investigações por fraudes em licitações, tráfico de influência e caixa dois num esquema de implementação de um sistema de prontuário eletrônico quando estava como secretário de Saúde de Campo Grande.

Muitos admiram sua firmeza como gestor, Bolsonaro deixa transparecer um incomodo sempre que está ao seu lado.

Enquanto o ministro pede a absoluta clausura da nação, o presidente trata o problema como uma gripe besta.

Nada perto de quem já levou uma facada!

  • Coluna Aparte publicada nas segundas-feiras, na página Política, no jornal O Imparcial.
  • Charge do Nuna.  

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