Coluna Aparte – Aposta macabra

Inquestionável a capacidade do presidente Jair Bolsonaro de provocar a constante instabilidade do Brasil. Craque como poucos, bate no sentimento da população e assopra quando a rejeição e a indignação chegam ao pico.

Perfeitamente arquitetado pelos mentores ideológicos que o cercam consegue criar uma crise por dia para manter o foco da mídia na sua estrambólica imagem do mais louco dono do poder.

Possivelmente seu hospício está no Palácio do Planalto, do alto da torre acredita na eternidade do cargo. Caso não seja maluco, com certeza provou ser um malandro de quinta categoria quando desdenhou alguns milhares de futuros contaminados, nem o mais cruel ditador fica sem um sentimento de compaixão pelo próximo.

Prepara com seus seguidores a queda do atual ministro da Saúde, mantém a sobrevida do gestor pelo simples fato da opinião pública rechaçar a demissão, talvez demore um pouco pelo fato do Mandetta demonstrar ser submisso como foi o ministro Moro quando sentiu a fritura.

Bolsonaro torce para a doença ser diferente de outros países, sem muitas mortes, poucas faz parte do destino. Coisa de velhos e doentes.

Vai, sem dúvida, vangloriar a permissão de distribuírem dinheiro para os trabalhadores como se fosse do bolso dele. Sabe que pode cair por causa do Corona, pela falta de apoio do Congresso Nacional e dos militares seguidores do vice-presidente Mourão.

Sua sorte está na roleta da vida, essa aposta pode custar o seu nome ser riscado da história como um vírus a ser combatido.

  • Coluna Aparte publicada nas segundas-feiras, na página política, no jornal O Imparcial.
  • Charge do Nuna.

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