Coluna Aparte – Coisa de butique

E não é que a carne virou artigo de vitrine, objeto de desejo para ser vendido em requintadas butiques, delicia de consumo que pobre vai ficar somente olhando com água na boca sabendo que a turma da China está saboreando por um precinho bem baratinho enquanto ronca o bucho do brasileiro.

Muitos poderiam ficar despreocupados, ainda sobra o porco, mas também não, deu bicho na vara, melhor dizendo, no coletivo suíno da turma dos olhos esticados. Resultado que nosso porquinho vai para os chineses, novo dono comercial do mundo.

Parece que nada sobra para a mesa do brasileiro que conta com um presidente e uma ministra da Agricultura preocupados com os manés que votaram neles. Mas também não, vale o dólar das exportações.

Quando eles chegaram ao poder o povo já era lascado mesmo, comia carne, de segunda, mas comia. Tem os que defendem a qualidade da carne de frango como solução do boi fugido para a China. Mas também não, vai para a mardita exportação.

De solução mesmo, resta o renegado ovo, tantas vezes colocado em terceiro nível, agora virou a salvação da mistura no prato brasileiro. Curioso que o governo Bolsonaro fala do assunto, tendo dinheiro no caixa nem precisa de alimentos de qualidade.

População passiva come ovo, agradece a Deus, sem um gemido de protesto. Igual a brasileiro não tem igual.

E para a segunda vai um ovo mexido?

  • Coluna Aparte publicada nas segundas-feiras, na página Política, no jornal O Imparcial.
  • Charge do Nuna.

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