Coluna Aparte – Mozão

Enquanto Jair Bolsonaro (PSL) e Flávio Dino (PCdoB) insistem em medir as suas resistências ideológica de ultra-direita e esquerda comunista o vice-presidente Mourão, hoje chamado carinhosamente de Mozão pelos grandes empresários e veículos de comunicação sempre alinhados ao poder, continua comendo pelas bordas, ampliando a sensação do interno golpe militar disfarçado de solução diante dos devaneios do instável presidente e filhos.

Para a maioria da população pouca interessa o terror dos vinte e um anos da ditadura militar, fica mais para os antigos políticos e historiadores, estão preocupados com a crise financeira e o galopante desemprego sem nenhuma indicação que o atual governo tem alguma fórmula mágica, somente apontam para projetos determinados a surrupiar os direitos dos trabalhadores na reforma da previdência.

Nenhuma comoção social no debate da comemoração dos quartéis para o dia de 31 de março de 1964 ou da homenagem aos maranhenses perseguidos nos anos de chumbo com a pensão ao militante rural Manoel da Conceição.

Fato que vivemos no fio das baionetas com um Palácio do Planalto preenchido de ministros militares, todos desgostosos e assustados com o capitão presidente, mas tranquilos pela possibilidade de o substituírem pelo Mozão. Evidente que teremos o golpe do golpe militar.

Afinal, eles nunca esqueceram como foi bom serem os donos absolutos do poder.

  • Coluna Aparte publicada nas segundas-feiras, na página Política, no jornal O Imparcial.
  • Charge do Nuna.

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