Coluna Aparte – Alguém viu o Fofão?

Sem essa de saudosismo, muito menos ser um chato. Cada um curte o seu carnaval da forma que gosta, tem a turma do Bloco de Rua, antigamente era dos “Sujos” ou da maisena, mas parece que ainda existem alguns nos bairros com as bandinhas ganhando uma grana tocando as músicas sobreviventes das décadas, antes desta sonora modernidade. Hoje, misturaram tudo, do sertanejo passando pelo piseiro.

Apesar de ainda existir os resistentes mantendo os folclóricos personagens, a máquina governamental sempre financiou as estruturas e suas atrações no período da Corte Momesca visando captar os seguidores eleitorais. Verdade que o atual modelo começou com a governadora Roseana Sarney (MDB), não perdeu a essência das típicas brincadeiras, mas trazia as atrações nacionais com altos caches. Ainda teve a capacidade de inventar o “Vale Festejar” para garantir uma grana nas empresas ligadas à família. Sem esquecer o Marafolia!

Evidente, a oposição queria fazer tal qual igual ou melhor do que a festa da filha do Zé, mesmo criticando severamente, durante anos, a hipnótica e etílica estratégia de alegrar a população. Curiosamente, talvez para serem diferentes, não nos gastos feitos confetes jogados no vento, a turma do Flávio Dino (PCdoB) acreditou, dizem por meio de pesquisas, nos microfones ocupados por grandes atrações conhecidas no Brasil. De certa forma deu certo, o povão foi encaixado no Circuito Beira-Mar fazendo uma massa compacta, jamais homogênea, para ovacionar o desfile das generosas autoridades.

Tudo aumentou, temos, em São Luís, points de sucesso do governo estadual e da prefeitura, dois no Centro e o outro na Avenida Litorânea, parece que esqueceram a Zona Rural da capital do Maranhão e os municípios da Grande Ilha. Nada demais, o povo chega até de ré para assistir os fenômenos de graça.

Tenho uma dúvida me atazanando, será que alguém viu por aí um fofão com a bonequinha e uma varinha de correr cachorro nas mãos, quem sabe, um folião vestido de mulher?

  • Coluna Aparte publicada nas segundas-feiras, na página Política, no jornal O Imparcial.
  • Charge do Zé Maranha com a arte do genial Nuna.

 

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