Assustador como temos políticos que acreditam no genético notável saber divino em palpitar todos os assuntos pontuais. Aconteceu, tem a solução, não foi fato, então jamais existiu a necessidade de demonstrar o antecipado estudo do problema. Sendo grave, mexendo com a opinião pública e virando pauta da imprensa, aparece logo um ex-quase-futuro-eterno-pré-candidato oferecendo a mágica matemática da lógica. Será que brotam os geniais por somente uma rápida atenção eleitoral?
Qual a informação de bastidores incomodando?
Perdemos mais um pai de família, motorista nos caquéticos ônibus que circulam por São Luís. Estupidamente morto por garotos pobres, negros da periferia da capital do Maranhão, meninos deveriam estar estudando, bem alimentados nas escolas, para serem pessoas necessárias ao mundo. Ninguém parou e discutiu os caminhos da incompetência que levaram as famílias para a capa dos jornais, do assista daqui um pouco na TV, nas fortes vozes dos radialistas e no estardalhaço das redes sociais. Tirando quem mata, ainda aparece algum gestor ou acadêmico assumindo a irresponsabilidade estrutural?
Este editorial seria para falar do plano de segurança do Simplício Araújo (sem partido) depois da morte do motorista. Algo simples como 60 motos, 10 carros viatura e 120 homens posicionados estrategicamente ao longo do corredor de ônibus da grande ilha. Segundo ele, resolveria o problema da violência. Ficou impossível deixar de cobrar a reponsabilidade de todos, do menor ao maior, sempre lembrando que o assunto do assalto vai ser substituído por uma possível greve por causa do reajuste anual da categoria. Grande bobagem do Simplício, os pré-candidatos a prefeitos ficaram na esperteza do silêncio!
Resta saber em que condições surgiu a proposta na cabeça do Araújo!!??
Somente para bater nas autoridades ou por causa da informação do retorno do Ricardo Cappelli (PSB) como secretário de estado apadrinhado pelo Flávio Dino (PSB)??
Jamais cometeria a injustiça de especular a pasta!
- Coluna Aparte publicada nas segundas-feiras, na página Política, no jornal O Imparcial.
- Charge do genial Nuna.
Em São Luís não há um plano de segurança. Estendendo um pouco mais o raio, não há de fato um plano de segurança pra o Estado do Maranhão. As ações são sempre pontuais ou emergenciais quando acontece algum evento violento como esse apresentado na matéria. O carnaval se aproxima em todos os municípios há prévias. Quais serão as ações desenvolvidas? Quanto de contingente será distribuído pra os 217 municípios? Como será a inteligência policial para esse evento? Como serão os gastos pra que nenhum tipo de ação violenta aconteça? Como agirá a polícia em caso de “arrastão”? Está passando na tv uma propaganda dizendo que os foliões não devem levar carteira, objetos de valor, celular etc. Eu fico perplexo. O Estado me dizendo pra eu me prevenir enquanto o mesmo estado deveria me proteger e proteger a todos que estão no carnaval. É constituicionalmente dever do Estado proteger o cidadão e não ao contrário!!!! É como se o estado dissesse: não fique doente porque não tem vaga pra você no hospital! ou bem pior – Não tente se matricular porque não tem vaga na escola pra você. O que falta para que essas coisas ocorram com mais frequência? Nada. Já vivemos assim há décadas!