Cartas embaralhadas, mesa com a tradicional toalha verde esticada para as jogadas, cada qual ocupando suas cadeiras como pré-candidatos, todos experientes na arte do blefe, mas com o problema que cada qual quer uma modalidade diferente de jogo.
Podem acreditar que a partida está vencida, nem começou as artimanhas dos mestres eleitorais. Flávio Dino (PSB) saiu da banca deixando seus sucessores, sem ditar as regras para todos, ficou Carlos Brandão (PSB) com o maior cacife entre os demais, um governo de altas fichas, acompanhado do vice Felipe Camarão (PT) como posterior missionário que deve manter fixadas nas cartas o retrato do Dino após a era Brandão. Precisam, primeiro, vencer todos os páreos nesta rodada.
Todos os participantes da disputa querem demonstrar um semblante de tranquilidade, muitos tem acusado os golpes, afirmam terem competência e, principalmente, cartas nas mangas. Weverton Rocha (PDT) resiste sem a inicial torcida, não aceita mais a imagem do Flávio Dino (PSB) como pré-candidato ao Senado. Edivaldo Holanda (PSD) continua sendo o atacante silencioso, ninguém consegue decifrar como vai atuar, nem está preocupado com isso.
Sempre indefinido, criando atritos, Roberto Rocha (PTB) nem sabe ainda em que cadeira vai sentar, talvez eleja o filho como um deputado federal. Lahesio Bonfim (Agir) mostra tensão sem frieza. Simplício Araújo (SD) repete as mesmas formas no carteado, ainda não assustou nenhum dos presentes. Josimar de Maranhãozinho (PL) vendeu seu lugar ao Brandão, agora nega, ainda quer mais da máquina pública, tem muito dinheiro para comprar fichas, sem transformar em votos.
Sobram os lugares obrigatórios para o Enilton Rodrigues (PSOL) com todos querendo medir seu fraco fôlego. Para completar, o resistente Hertz Dias (PSTU) que vai tumultuar o cenário com sua língua afiada e dedos nas feridas.
Assim está o cassino eleitoral no Maranhão!
- Coluna Aparte publicada nas segundas-feiras, na página Política, no jornal O Imparcial.
- Charge do genial do Nuna.