Honorato Fernandes – Escola Digna

Escola Digna: um programa que transforma a educação no Maranhão


Por Honorato Fernandes*

Como é a escola que sonhamos? Esse questionamento foi feito a mim no início do primeiro semestre de 2015 durante uma visita de estudantes da rede pública à Câmara Municipal de São Luís. A indagação feita por um jovem aluno me fez refletir. Afinal, como diz o educador Paulo Freire, reconhecido no mundo todo por uma ideia transformadora: a de que a Educação é capaz de fazer as pessoas entenderem melhor o mundo à sua volta, e assim mudá-lo.

Escola, para mim, é espaço de construção do conhecimento. Por isso, ela tem que ser de qualidade. E os ensinamentos do mestre Paulo Freire podem resumir bem a minha decisão de falar aqui um pouco do Escola Digna, maior programa de investimento em educação da história do Maranhão. Porque tenho convicção de que é a educação o melhor instrumento de superar perversas desigualdades e obter desenvolvimento verdadeiro.

Implantado desde o primeiro ano da gestão Flávio Dino, o programa já reformou mais de 700 escolas da rede pública que eram de barro e taipa cobertas de palha, e agora são prédios de tijolos e telhas. Além das obras estruturais, o Escola Digna contempla as unidades com móveis, equipamentos, climatização, fardamento, livros e outros itens que tornam possível o aprendizado a milhares de crianças e adolescentes maranhenses.

Todo o Maranhão é beneficiado com o Escola Digna, sendo priorizados os 30 municípios incluídos no plano Mais IDH – aqueles que possuem historicamente o menor Índice de Desenvolvimento Humano – e os de maior demanda, segundo levantamentos realizados pela gestão, junto às prefeituras. O diferencial do programa é a transformação promovida nas unidades escolares, tornando-as mais dignas ao ensino.

A grande maioria das escolas transformadas pelo programa possuíam paredes de barro com risco de desabamento; muitos buracos devido às chuvas, tempo e a própria condição precária do material; teto com a cobertura de palha e cheio de falhas que incomodavam no sol ou na chuva; e sem banheiros, refeitório e outras dependências indispensáveis. Os móveis – cadeiras, mesas, quadros – em algumas nem existiam e o mínimo de conforto aos alunos era feito no improviso, roubando o presente e ceifando a esperança de crianças social e economicamente indefesas.

Não tenho dúvidas de que o processo mais seguro, para alcançar uma etapa de desenvolvimento para nosso estado, é a educação. Por isso, hoje eu tenho plena convicção de que a escola que sonhamos é a que se assemelha a uma Escola Digna.

Vereador e presidente do PT de São Luís.

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