Interessante observar a construção da trajetória política do reeleito vereador e presidente da Câmara de Vereadores de São Luís, Paulo Victor (PSB), de integrante de grupo cultural comunitário ao papel de macro articulador, da capacidade de obedecer às etapas ao ousar e recuar quando o passo fugiu das pernas.
Inteligente acreditar que aprendeu em curto tempo como experimentar desconhecidas soluções de alcance ao poder majoritário em São Luís e, quem sabe, com os vácuos, no Maranhão. Suficiente para um profissional do jogo a lógica em que o ato do perder pode servir no subir mais um degrau. Recordando que chegou na presidência do parlamento municipal ungido pelos maiores líderes no turbulento período. Sem contar com o prefeito Eduardo Braide (PSD).
Política eleitoral está baseada no calendário e a matemática, quem segue o tempo e aprende a fórmula somente precisa moldar o estilo. Muitos ficam na equação simplificada e confortável do entendimento ou no enfrentamento, fazendo tudo dentro do mesmo espaço. Outros, de ampla visão periférica, constroem as estratégias sempre do lado de fora, jamais deixando o emocional roubar a lucidez da razão.
Traduzindo, o grupo Brandão entendeu que 2026 depende de todos unidos, sem fissuras, basta combinar a divisão das esferas, principalmente porque ainda não surgiu nenhum fenômeno a curto prazo. Quem era a velha política somente tem interesse em vender os votos dos redutos ou a comunicação de massa. Quanto aos novos, todos reconhecíveis.
Sem a tenda dos milagres, basta compreender que o Paulo deseja novamente a presidência do legislativo municipal e a cadeira de prefeito em 2026 (o impossível não existe) ou 2028, o Braide quer ser o governador e o Brandão sendo o senhor das decisões. Quanto ao Flávio Dino (STF), seu candidato Duarte garantiu a chance de novo mandato de federal e Felipe, o Camarão, necessita do interesse do Lula, entre outras coisas prometidas e temerárias.
- Charge do genial Nuna.