Críticos de plantão comemoram os ajustes de gastos no governo de Carlos Brandão (por enquanto no PSB) como uma perda de gestão executiva limitada às fronteiras do Maranhão, nem parece que existe o resto do Brasil, de governos, da esfera federal, ao longo da história alimentando a estratégia da eterna crise financeira para deixar estados e municípios reféns eleitorais e dos interesses na perpetuação do poder central.
Nenhum governo gera dinheiro, dependem da força de trabalho dos homens e mulheres residentes nos municípios. Quando o imposto, um dos mais altos do mundo sem o retorno em qualidade de vida, não cobre os gastos planejados ou não, resta a busca incessante do endividamento por empréstimos. Todos os governadores que pisaram nas tábuas do Palácio dos Leões utilizaram, sem arrependimentos, desses expedientes. Verdade que quem paga a conta é o povão.
Salutar a coragem do Brandão, no caso com o apoio de Felipe Camarão (PT), em assumir que precisam afiar a lâmina da tesoura de cortes e proteger com dedal as pontas dos dedos para costurar, com agulha de ponta fina, um acocho no colarinho branco de um governador e seu vice.
Todos sabem, todos temem assumir publicamente, a existência do bloqueio, conduzido na sombra, pelo ministro Flávio Dino (PSB) para que o Lula (PT) não autorize o lastro na aquisição do novo empréstimo. Algo como colocar todos subjugados enquanto demoram no assinar a lista com os nomes dos dinistas como candidatos oficiais nos principais municípios na eleição de 2024.
Realmente esperamos que a decisão do enquadramento nas contas públicas não sirva somente para garantir o pagamento da folha dos funcionários, importante apoiar e incentivar o momento para redefinir todos os processos de gastos nos projetos até 2026.
- Coluna Aparte publicada nesta segunda-feira, na página Política, no jornal O Imparcial.
- Charge do Nuna.