Fácil para os políticos manter a antropofagia eleitoral durante os mandatos. Fica simples observar o pernóstico orgasmo de quem está no poder, um dia os congressistas tiram a Dilma por meio do fórceps, logo em seguida enjaulam o esquerdista Lula para deixar um conservador de centro ganhar a eleição, só que não, ganhou um doidinho de extrema direita. Agora, trouxeram o barbudo de volta e resolveram que “Mito” pode ser mais perigoso do que pensaram os “elementos” donos da imposta vontade popular. Detalhe, não consultaram o tal do povo.
Brigam tanto pelo voto obrigatório, aquele que não vale R$ 2 reais caso não tecle a urna. Nem precisamos mais de uma Lei acabando com a obrigação do brasileiro exercer o papel de eleitor, os ocupantes dos três poderes determinam os nossos destinos. Botam e tiram como e quando querem os inimigos, tumultuando o emocional coletivo, na sórdida estratégia de continuar desviando o olhar fiscalizador de combate à corrupção. Detalhe, não combinaram os assaltos com o tal povo.
Bíblico entender a razão das igrejas evangélicas definirem para este momento que o Bolsonarismo está fora de moda, sem data para voltar no envio do pix. Hilário a existência de ideológicos pagando as multas do Bolsonaro. Todos, incluindo as igrejas e a imprensa sobrevivem do sistema de refém financeiro. Detalhe, ambos segmentos conseguem ludibriar o tal povo.
Parece que basta puxar a cordinha da privada pública para desaparecer os “excrementos” dos governos, mesmo com a permanente cólica causada pelo aviltante saque, faltando a compensação, no futuro da nação. Temos alguns milhões sem a bendita dor de barriga, sem a digestão, sem algo sólido diariamente no bucho. Detalhe, os larápios são aplaudidos pelo tal povo.
Mas, vejam, temos uma nova elite nacional, os agro-botox, arrotando serem os donos da economia enquanto recebem R$ 400 bilhões de financiamentos da safra de grãos para porcos chineses, com a possiblidade de perdão das dívidas. Enquanto sobra uns R$ 70 bilhões para a maioria na agricultura familiar. Detalhe, com tudo isso, o tal povo fica satisfeito em ser chamado de povo.
- Coluna Aparte publicada nesta segunda-feira, na página Política, no jornal O Imparcial.
- Charge do genial Nuna.