Ninguém sabe os pensamentos do governador Carlos Brandão (PSB) para a eleição da capital do Maranhão no próximo ano, muito menos quem vai ser o generoso escolhido, tudo vai depender dos pré-candidatos que conseguirem driblar dos tiros bem dados pelos caçadores do poder.
Inegável a determinação do vereador Paulo Victor (PCdoB) em provocar o início intenso da campanha de prefeito com o seu surpreendente retorno ao papel de presidente da Câmara de Vereadores de São Luís. Evidente que a estratégica concordância do político Brandão se torna necessária para entendimento de quando será oficializada a largada e qual o corpo vai vestir a única camisa oficial da competição com emblema leonino.
Auspicioso o momento para indagar quantas asas eleitorais foram abatidas em plena decolagem de preparação para o longo trajeto rumo as urnas de 2024. Mesmo estando indisponível o telescópio do futuro, fica em mãos as lentes de curto alcance com o olhar do trio tiro certeiro no prefeito Eduardo Braide (PSD), Duarte Jr. (PSB) e, com menor ferimento, em Neto Evangelista (UNIÃO), mas recebendo chumbinhos na abertura das asas.
Jamais tantos passos e atos recentes no Palácio Manuel Beckman aconteceria sem a criteriosa observação do Palácio dos Leões. Talvez nenhum gestor do executivo municipal, nem mesmo o Braide com a sua alexitimia, consiga manter o equilíbrio com os três pedidos de impeachment incluída uma CPI na Saúde e o abaixo-assinado da maioria dos vereadores solicitando ao governador a escolha do nome de Paulo Victor como o único pré-candidato. Ninguém consegue imaginar qual a proporção destrutiva que esta guerra pode causar nas relações em todas as esferas dos poderes e partidos políticos.
- Coluna Aparte publicado nesta segunda-feira, na página Política, no jornal O Imparcial.
- Charge do genial Nuna.