Coluna Aparte – Mito mal-amado

Nem sabemos o que pensar, perdeu o sentido falar sobre o comportamento do presidente Jair Bolsonaro (ainda sem seu partido). Precisamos saber o jogo de tantas reações inversas que alimentam a carência da nação, mais do que abandonados, estamos órfãos com os pais no registro de nascimento.

Sermos dominados por muitos poderia amparar o sentido do sequestro do direito cidadão, sofrermos a experiência do subjugar em tubos de ensaios devidamente manipulados somente promove as reações das famílias enlutadas. Resta entender a extensão dessa ciência no enfraquecimento coletivo da resistência democrática como estratégia de garantir a disseminação do vírus “Mito” criado artificialmente em gabinetes do Palácio do Planalto.

Essencial a eficiência do abandono permitindo o enriquecimento dos políticos e segmentos da economia com ampliação da miséria. Jamais existiu a constância de ditaduras em países com os habitantes tendo o alcance da educação, ascensão financeira e qualidade profissional.

Brasil vive entre a resistência da indignação e milhares de mortes sem velórios. Todos na apressada fila do enterro em valas comunitárias. Interessante que os ricos cremados estão nas mesmas estatísticas dos comuns idiotas, segundo a língua do Jair.

Nada precisaria mudar na terra de Vera Cruz com seus seis bilionários de fortuna maior que 100 milhões de brasileiros, de um mês de salário de parlamentar igual a renda de subsistência de uma vida nas famílias abaixo da linha da miséria e dos corruptos que habitam todos os poderes sendo renovados pelos votos, generosas aposentadorias ou puxadas de tapetes.

Mas tinha de aparecer a pandemia para escancarar o escárnio brasileiro somado como o Bolsonaro pensa quando o assunto ultrapassa o salvar vidas.

Maldita Covid. Maldito mito que nunca quis ser bem-amado.

  • Coluna Aparte publicada nas segundas-feiras, na página Política, no jornal O Imparcial.
  • Charge do Nuna.

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