Coluna Aparte – Fundilhos

Inexplicável o esvaziamento do movimento sindical no Brasil diante da dilapidação dos direitos dos trabalhadores conquistado em décadas de luta contra os patrões. Resistentes durante as últimas décadas, principalmente com o enfrentamento no ABC paulista e o surgimento do fenômeno Lula construindo o Partido dos Trabalhadores.

Sempre existiu os pelegos financiados pelo imposto sindical, verba extinta no governo enxertado do ex-presidente Michel Temer (MDB) deixando os milhares de sindicatos no papel de pedintes sem estrutura para reivindicar nas ruas o asfixiamento promovido pelos representantes da direita.

Ficou gritante a certeza que somente com muita grana os sindicalistas conseguem manter a resistência. Devagar os empresários, generosos financiadores eleitoral, ampliam a reforma trabalhista com a versão de modernização nas relações entre patrões e empregados sem conseguirem ofertar novos de empregos, desestruturando as famílias num arrastão rumo à miséria absoluta do país.

Evidente que os ricos ficam mais poderosos quando deixam de pagar os direitos dos trabalhadores, impondo o sub-emprego aos mais de treze milhões de desempregados.

Continuar a assistir a inércia dos sindicatos na famigerada reforma da previdência cria o cenário de certeza que tudo está dominado para a casa grande manter o processo secular fazendo do trabalhador o moderno escravo.

Possível que os sindicalistas estejam esperando a liberdade do Lula (PT), acreditando na recuperação dos direitos perdidos com a benevolência do Congresso Nacional. Enquanto não acordam o Bolsonaro (PSL) vai fazendo a massa trabalhadora mostrar os fundilhos.

Pobre nação.

  • Coluna Aparte publicada nas segundas-feiras, na página Política, no jornal O Imparcial.
  • Charge do Nuna.

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