Emasculados, e depois?

Parece que ficou somente como história, verdade de um passado recente, mas poucos lembram. Fato que o belo e sofisticado auditório da Procuradoria do Ministério Público estava ocupado diante da importância do assunto que estava sendo resgatado.

Continuamos vivendo o país comovido quando os bárbaros crimes acontecem ou apenas nas datas definidas para relembrar as  agressão nas famílias brasileiras. Dia 18 de maio não deveria ser somente mais um dia institucional, um momento de fácil discurso do que não foi feito contra o problema.

Poucos lembram do Caso dos Meninos Emasculados, talvez por serem crianças sem a sorte de um nobre sobrenome. Criminoso condenado, famílias compensadas, mas sempre no dia seguinte as manchetes dos jornais vão atrair com outros assuntos.

Vale reconhecer a insistência do Ministério Público Estadual e dos movimentos sociais em manter esta luta viva, verdade que pouco, muito pouco, conseguiram diante da inoperância do parlamento, judiciário e do executivo.

Irretocável o evento de lançamento do livro sobre o Caso dos Meninos Emasculados, infeliz constatar a necessidade de extinguir a miséria imposta pelos sedentos de poder. Fica a certeza que o muito pouco ainda é a constância.

Respeito as mães dos meninos, sempre hidratando as lembranças dos filhos que não podem mais acalentar. Sobra a dor. Sobra uma lista de crianças para a eterna homenagem.

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