Julgamento do Tio Jorge

Estranho o comportamento de alguns desembargadores no julgamento em que o arroz Tio Jorge pede a continuidade do privilégio concedido pela governadora Roseana Sarney para somente pagar de 1% a 2% na venda interna e interestadual dos seus produtos, enquanto as empresas maranhenses pagam a alíquota de 18%. O governo de Flávio Dino suspendeu o “regime especial tributário” concedida à empresa CDA, que recorreu ao Tribunal de Justiça do Maranhão. O arroz Tio Jorge foi o maior financiador privado da campanha de Roseana Sarney com a generosa quantia de R$ 1,5 milhão, em 2010. O incômodo no plenário do TJ ficou por conta do voto do desembargador Guerreiro Júnior de manutenção do direito da empresa CDA, que representa a marca Tio Jorge e outras conhecidas em grande escala nos supermercados, continuar pagando menos ICMS. Sendo que anteriormente concedeu liminar ao governo do estado mantendo suspenso o benefício aos empresários de outros estados. O julgamento está suspenso, o desembargador Marcelo Carvalho pediu vistas no processo, alegando medida de cautela e prudência para analisar os fatos que envolvem este milionário acordo eleitoral que extingue a livre concorrência na iniciativa privada.

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